3 prejuízos causados por má conduta das pessoas colaboradoras e como evitá-los

A gestão da má conduta deve ser feita pela liderança direta, já as altas lideranças devem investir em medidas preventivas para identificar padrões e situações, antes que eles ocorram prejuízos.

Os prejuízos por má conduta não demoram a aparecer quando o comportamento das pessoas colaboradoras no trabalho não reflete as diretrizes da empresa a favor de um ambiente positivo, ético e respeitoso.

Foi o que mostrou uma pesquisa da consultoria Deloitte com 125 empresas de grande porte do país. Segundo ela, 80% das companhias entrevistadas registraram casos de desvios de conduta nos últimos quatro anos.

Os principais tipos de má conduta relatados às empresas nesse período foram: apropriação indevida e fraudes (69%), assédio moral (63%), violação de normas e leis (56%) e corrupção (44%).

A pesquisa também destacou que as empresas não estão passivas nesse cenário. Afinal, 85% possuem métodos de prevenção e 82% têm processos de investigação para checar os relatos recebidos. 

Nesse contexto, é válido enfatizar que os prejuízos por má conduta não ficam restritos ao ambiente interno. Muitos episódios se tornam públicos e a companhia precisa de uma gestão de crise bem conduzida para controlar a situação e impedir que danos reputacionais sejam maiores.

Para ser estratégico e evitar um possível cenário como esse, a pessoa gestora precisa ter processos de Compliance bem definidos e monitorar a situação interna para detectar problemas antes de eles escalarem. 


 

Quando a pessoa colaboradora causa prejuízo a empresa?

A pessoa colaboradora causa prejuízo à empresa quando desrespeita as diretrizes estabelecidas, tanto as relacionadas à boa convivência e respeito entre profissionais da equipe quanto as que norteiam a execução dos projetos, garantindo transparência, ética e evitando riscos legais para a organização.

Quais os prejuízos por má conduta para as empresas?

Os principais prejuízos por má conduta para as empresas são: danos financeiros (por conta de eventuais ações trabalhistas), riscos à imagem e à reputação da companhia (denúncias de corrupção, por exemplo, não são facilmente esquecidas) e dificuldade para recrutar e reter talentos.

Explicaremos esses itens com mais profundidade logo abaixo. 

Lembramos que tanto empresas estabelecidas no mercado quanto novos negócios estão suscetíveis a sofrer prejuízos por má conduta.

As consequências afetam aspectos-chave das organizações, são fundamentais para o fortalecimento da marca. Veja quais são os principais prejuízos:

1. Danos financeiros

Os prejuízos por má conduta acertam em cheio o setor Financeiro das empresas. Em casos de assédio no trabalho, por exemplo, uma pessoa colaboradora que sofreu com a conduta inapropriada de um gestor pode mover uma ação trabalhista contra a empresa. 

O valor da causa pode chegar a milhões. Recentemente, uma ação coletiva de funcionários da Dell no Brasil resultou em uma sentença de pagamento de R$ 10 milhões em indenização por assédio moral

Independentemente do valor da causa, o prejuízo desestabiliza a empresa, afinal, o capital de giro disponível é o que mantém as empresas ativas no mercado.

2. Riscos à imagem e má reputação

Quando um caso de má conduta vem à tona, a imagem e reputação da empresa são colocadas em xeque. Principalmente se a percepção da marca era positiva até aquele momento.

Ou seja, basta um caso mal gerenciado para manchar o trabalho de construção de marca realizado por anos. As denúncias por corrupção, por exemplo, raramente são esquecidas.

Ao ouvir nomes de empresas como JBS e Petrobras, qual é a primeira associação que você faz? Essas organizações estiveram envolvidas nos maiores casos de corrupção recente, nos quais seus executivos se articularam para obter vantagens ilícitas.

Sua empresa faz um bom controle desses aspectos? Confira as dicas do artigo: ‘Como manter a imagem de marca e a reputação empresarial’.

3. Dificuldade para reter talentos e recrutar novos

Outro prejuízo por má conduta que as empresas podem sofrer é a dificuldade para manter talentos e recrutar novos.

Todo profissional deseja trabalhar em um ambiente saudável e bem gerenciado, onde as pessoas colaboram entre si e se respeitam.

Casos de má conduta negligenciados ou sem consequências podem levar a perdas importantes nas equipes. Se os motivos se tornarem públicos, as chances da empresa conseguir recrutar bons profissionais também reduzem significativamente. 

Esse cenário ainda afeta a produtividade da equipe, gera sobrecarga de trabalho e impacta os resultados da empresa no mercado.

Como fazer a gestão de má conduta?

A gestão direta e a alta liderança das empresas devem investir em medidas preventivas para identificar padrões e situações, antes que eles gerem prejuízos por má conduta.

As reuniões de feedback individual são momentos excelentes para conversar sobre o desempenho profissional e abordar problemas de conduta percebidos pelo gestor. 

Mesmo com um Código de Conduta e Ética bem difundido, as lideranças têm o papel estratégico de monitorar suas equipes e fortalecer a cultura de compliance na organização.

Para manter um relacionamento próximo com as equipes e o olhar atento ao que acontece no dia a dia da empresa, siga as dicas abaixo:

Fazer reuniões de feedback individual

A proximidade entre a liderança e suas equipes ajuda a conhecer mais sobre cada pessoa colaboradora, seu perfil comportamental e de trabalho, ideias e etc.

As reuniões de feedback individual são momentos excelentes para conversar sobre o desempenho profissional e abordar problemas de conduta percebidos pelo gestor. 

Por ser algo privado, pode-se falar com mais clareza sobre a gravidade do caso, consequências e quais as mudanças esperadas para evitar medidas mais severas.

Aplicar pesquisas de avaliação

As pesquisas de avaliação do ambiente de trabalho, como a tradicional Pesquisa de Clima Organizacional, e as autoavaliações de equipe também são práticas de gestão que evitam os prejuízos por má conduta.

A colaboração entre áreas de Compliance e RH facilita a aplicação dessas pesquisas. Além disso, os setores podem avaliar os resultados em conjunto, levantando os principais pontos de atenção e dividindo o trabalho de monitoramento.

Treinar as lideranças sobre má conduta

A pesquisa da consultoria Deloitte apresentada no início do artigo também destacou a importância que a equipe administrativa tem na gestão de riscos de conduta.

Gestores e executivos comprometidos com a cultura da transparência ficam mais atentos e identificam a má conduta, permitindo que lidem com os casos no seu estágio inicial.

Para isso, é importante preparar as lideranças com treinamentos sobre o tema, reforçar as condutas esperadas e esclarecer como podem contribuir para que suas equipes apliquem as diretrizes na prática. 

Divulgar as medidas de responsabilização sobre má conduta

Um caso de má conduta não deve ficar sem uma consequência. Do contrário, todos os prejuízos citados acima acontecem um depois do outro.

As medidas de responsabilização para casos de má conduta precisam estar claras para toda equipe por meio de treinamentos sobre ética profissional, reuniões de equipe, eventos internos sobre o tema, entre outras iniciativas.

Caso algum episódio aconteça, não deixe a equipe no escuro, dê as informações possíveis sobre o caso e, principalmente, o que será feito para responsabilizar os envolvidos. 

Qual o papel do canal de relatos para conter prejuízos por má conduta?

O papel do canal de relatos é ser um meio seguro e confiável para que as pessoas colaboradoras informem desvios de conduta nas empresas.

Muitas pessoas não sentem segurança em relatar má conduta no trabalho e a inclusão de uma ferramenta independente pode mudar esse comportamento na equipe.

Os sistemas atuais têm o apoio de tecnologias modernas que permitem às pessoas colaboradoras fazerem relatos anônimos e com total privacidade.

Um canal de relatos, como o da SafeSpace, permite que as empresas sejam mais eficientes no controle dos episódios de má conduta, mitigando prejuízos e possíveis repercussões negativas quando esses relatos se tornam públicos.

Conheça mais sobre a nossa solução no artigo: ‘Como a plataforma da SafeSpace ajuda o Compliance na resolução de relatos’.



 
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