People experience: o que isso tem a ver com gestão de conduta?

A relação das pessoas com seu trabalho evolui à medida que o tempo passa. Propósito e valores se tornaram palavras que atraem talentos e dão um sentido maior ao que é feito nas empresas.

Em meio a essas transformações, surgiu o conceito de People Experience ou PX – em bom português, experiência de pessoas –, que se popularizou entre os times de recursos humanos.

A ideia é simples: o que as empresas precisam fazer para não deixar que aquela chama que atraiu um profissional brilhante se apague? Se as pessoas não aceitam ofertas de trabalho pensando apenas em salário, como promover um ambiente que seja inovador e colaborativo, que permita o desenvolvimento pessoal? A resposta a essas perguntas está diretamente relacionada às estratégias de people experience.

Embora pareça mais um jargão corporativo, PX se tornou central às dinâmicas organizacionais contemporâneas. O conceito marca a transição de um modelo de trabalho antigo para um novo, focado nas pessoas.

Como explicamos neste artigo, a gestão de conduta é uma metodologia que visa garantir que as ações e comportamentos dentro da empresa estejam alinhados com os valores e padrões éticos estabelecidos.

Além de mitigar riscos e oferecer formas mais eficazes de lidar com a má conduta, também é uma forma de fortalecer a confiança entre as pessoas colaboradoras e a organização, assim como tornar o ambiente de trabalho mais seguro para todas as pessoas.

Integrar gestão de conduta e  people experience ajuda a empresa a se desenvolver de forma sustentável, oferecendo um espaço que seja mais seguro para que as equipes atuem.

Enquanto PX se concentra em criar ambientes de trabalho nos quais imperam o bem-estar e o crescimento profissional, a gestão de conduta auxilia a retirar empecilhos que impactam negativamente a experiência de trabalho.


 

Para entender melhor: o que é people experience?

Ser um profissional que cumpre cerca de oito horas diárias de trabalho é apenas parte do que compõe uma pessoa. Quando os setores de Recursos Humanos passaram a levar a experiência fora do trabalho como uma variável importante para entender a performance de cada colaborador, essa foi a base para o que se passou a chamar de people experience.

O conceito harmoniza tópicos como cultura, engajamento, bem-estar e crescimento pessoal e profissional dentro do framework organizacional da empresa. Da visão tradicional de funcionários como meros componentes da máquina corporativa, passou-se à perspectiva que reconhece cada pessoa como um indivíduo dotado de capacidades, talentos, ambições e desejos exclusivos.

A dinâmica de trabalho vivida pelo famoso personagem de Charlie Chaplin em Tempos Modernos foi substituída por uma visão menos mecanicista e mais abrangente do que motiva as pessoas em relação a seus trabalhos. Essa mudança tem objetivos pragmáticos: reforçar a importância das pessoas e garantir que elas se sintam motivadas a entregar os melhores resultados.

Em termos práticos, uma estratégia de people experience precisa abordar sistematicamente diversos aspectos da organização. Eis alguns deles:

  • Alinhamento cultural;

  • Adesão da liderança;

  • Abordagem personalizada;

  • Mecanismos de feedback;

  • Aprendizagem e desenvolvimento;

  • Iniciativas de bem-estar;

  • Reconhecimento e premiação;

  • Comunicação e transparência.

Escutar a equipe e trabalhar para oferecer condições que estejam mais alinhadas aos desejos pessoais de cada profissional é um esforço necessário, que gera resultados positivos para a organização. O trabalho em People Experience é uma maneira de motivar pessoas colaboradoras e garantir que elas se sintam motivadas e engajadas. Dessa forma, melhores resultados são obtidos.

Quando a experiência das pessoas colaboradoras se torna um tema central nas organizações, elas também são recompensadas. Segundo o relatório “Employee Experience Trends Report”,  63% dos profissionais que sentem ter um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal afirmam estar dispostos a ir além do esperado pela empresa.

 


People experience é o mesmo que employee experience?

O universo corporativo é repleto de palavras em inglês. Em meio a essa sopa de letras, é fácil confundir conceitos e ideias. Embora sejam próximos um do outro, people e employee experience têm suas nuances e diferenças, que precisam ser respeitadas. Vamos entender as diferenças.

People experience: é uma abordagem mais abrangente, que entende as pessoas que compõem a organização como indivíduos complexos e não apenas como simples funcionários. O mais importante aqui é desenvolver um ecossistema que se relacione com as paixões e as aspirações de cada profissional, tanto dentro como fora do trabalho.

Mais do que ter pessoas satisfeitas, o foco é promover o engajamento profissional de forma verdadeira, cultivando uma cultura de bem-estar no qual as relações se constituam de forma a garantir que o sucesso individual se conecte ao sucesso organizacional. Autonomia, liderança e crescimento pessoal são centrais.

Employee Experience: por sua vez, é uma abordagem mais centrada nos processos relacionados à jornada das pessoas colaboradoras durante sua permanência na empresa. Nela, estão previstos os principais pontos de atenção e rituais que se iniciam no recrutamento, passam pelo onboarding e ocorrem até que o profissional deixe a organização.

O foco das ações de employee experience estão relacionados às expectativas do profissional em relação ao trabalho, envolvendo questões como satisfação, desempenho e produtividade. É uma estratégia focada em retenção de talentos, visando resultados a curto prazo, e que olha para o dia a dia das pessoas colaboradoras e suas interações com o ambiente de trabalho.

 

Como a gestão de conduta beneficia people experience?

Promover o bem-estar no ambiente de trabalho depende, necessariamente, do combate eficiente à má conduta e ao fortalecimento das relações de confiança entre lideranças e suas equipes. A gestão de conduta é uma metodologia desenvolvida com esse objetivo e tem como foco dar protagonismo aos times que lidam com desvios de comportamento.

Os pilares de uma estratégia de people experience se baseiam em entender as pessoas do time, abrindo espaço para escutá-las e desenvolvê-las a partir de seus próprios interesses. A gestão de conduta se conecta diretamente a esse objetivo e constrói as bases para uma aplicação mais eficiente e que gere mais resultados.

Elencamos abaixo alguns artefatos relacionados à gestão de conduta que beneficiam as estratégias de people experience:

a)      Canal de Escuta:  essa é uma das funcionalidades de nosso Software de Gestão de Conduta e foi desenvolvida para permitir que pessoas colaboradoras contem com um canal seguro para tirar dúvidas, fazer sugestões, enviar feedbacks, elogios e reclamações. Por meio dele, é possível entender os anseios e os problemas que existem no ambiente de trabalho, sem que necessariamente sejam relacionados a desvios de comportamento e ética.

b)     Canal de Relatos: é uma das principais ferramentas para aumentar a visibilidade de problemas de conduta. Quando bem implementado e divulgado internamente, pode auxiliar os times de RH e Compliance a atuar com assertividade para evitar que problemas escalem. O canal também é uma forma de fortalecer a confiança interna por demonstrar que a empresa não favorece a impunidade em casos de má conduta. Também faz parte do nosso Software de Gestão de Conduta.

c)      Código de Cultura: people experience dialoga intensamente com a cultura organizacional. Por isso, o Código de Cultura é um documento essencial para que todas as pessoas na organização conheçam e compartilhem os valores e os comportamentos-chave da organização. Essa é a principal ferramenta para direcionar clima e cultura organizacional, o que favorece a gestão de conduta.

d)     Treinamentos: promover mudanças organizacionais é um desafio e a educação é uma aliada para as pessoas colaboradoras se desenvolverem. Com o SafeLearning, é possível preparar o time para lidar com temas difíceis como assédio e discriminação de forma didática. Assim, se torna mais fácil prevenir e evitar desvios comportamentais que impactem negativamente a equipe.

Ao desenvolver ações com foco na experiência das pessoas colaboradoras, os profissionais de Recursos Humanos não podem negligenciar questões comportamentais. Por isso, a gestão de conduta é uma metolodogia que não só complementa, mas potencializa people experience nas organizações.

Se sua empresa precisa de ajuda para enfrentar a má conduta e construir um ambiente de trabalho mais ético e seguro, entre em contato com um de nossos especialistas.



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