Workshop: Clima organizacional em tempos de crise
Aconteceu no dia 26/11/2024 o Workshop: Clima organizacional em tempos de crise, um evento focado em orientar e direcionar profissionais de RH em como estruturar e aplicar um plano de comunicação de forma ágil e eficaz em um momento de crise.
O evento abordou pontos como:
Comunicação em tempos de crise;
Reavaliação do Employee Value Proposition;
Efetividade da pesquisa de clima;
IA como aliada do RH.
Além de todo conhecimento compartilhado, durante o workshop também foi lançada a Sonia, um produto de IA desenvolvido para automatizar, analisar e personalizar a experiência da pessoa colaboradora.
Continue lendo o artigo para conferir os destaques do evento!
Comunicação para momentos de crise interna
O workshop iniciou com a apresentação de Matheus Fernandes, coordenador de Marketing e Growth na SafeSpace, onde ele explorou o impacto de uma boa comunicação quando uma crise ocorre.
Sabemos que qualquer crise pode gerar insegurança ou insatisfação, e seus impactos podem se estender ao longo prazo, afetando definitivamente a cultura de uma empresa.
O engajamento e a confiança são dois conceitos que se conectam. Enquanto o engajamento é a disposição do colaborador em atender às demandas da empresa, a confiança está relacionada ao quanto a pessoa confia nas promessas e valores da empresa.
Mensurar ou perceber esses dois pontos, de alguma forma, será crucial para entender se o plano para lidar com a crise interna está funcionando ou não.
O plano de comunicação
Durante alguns momentos de crise, é comum que algumas empresas acreditem que "quanto menos os colaboradores saberem, melhor". Isso é um grande erro. Quando as respostas não são oferecidas, elas são criadas, o que desgasta ainda mais a confiança dos colaboradores.
Pontos que você deve levar em consideração na hora de montar o plano de comunicação:
A comunicação precisa ser rápida, não espere a desinformação se espalhar;
Mantenha uma mensagem consistente, mas tente adaptá-la para cada público;
Comunique-se da maneira que você gostaria que se comunicassem com você se estivesse nessa situação.
Em momentos de crise mais severos, como demissões em massa ou fusões, é importante avaliar a necessidade de reavaliar o seu EVP.
A GPTW conceitua Employee Value Proposition (EVP) como tudo aquilo que uma empresa proporciona aos colaboradores em troca do tempo e esforço investidos no desempenho de suas atividades no ambiente de trabalho. O EVP é mais do que a soma de salários e benefícios, é um equilíbrio entre recompensas tangíveis e intangíveis.
Pesquisa de clima. Será que ainda faz sentido?
Esse bloco do Workshop foi apresentado pela Natalie Zarzur, COO e co-fundadora da SafeSpace. Ela falou sobre o cenário das pesquisas de clima e as boas práticas para uma aplicação de pesquisa eficaz.
Pesquisas de clima são feitas para entender como um evento pode ter afetado o clima da organização. Fazer por fazer é algo que nunca recomendamos, mas muitas empresas acabam caindo nessa armadilha e os resultados são mal ou nada utilizados.
Se a pesquisa de clima não mostra o clima real da empresa ou não traz os resultados esperados, de quem é a culpa, afinal?
Podemos dizer que, nesses casos, a falta de confiança das pessoas nas empresas e no RH pode ser a grande culpada.
Dentre as práticas que contribuem para a má fama das pesquisas de clima estão:
Não atrelar outros indicadores ao resultado da pesquisa de clima: Você aplica a pesquisa de clima e fica super feliz com o resultado, todos estão muito satisfeitos. Só que, no mesmo mês, 10 funcionários foram afastados por burnout ou estresse, ninguém fica mais de um ano na empresa e você está com sobrecarga de trabalho.
Bônus atrelado à pesquisa de clima: Algumas empresas oferecem bônus para lideranças, dependendo do resultado da pesquisa de clima. Isso tem impacto positivo apenas na semana em que a pesquisa está sendo realizada, depois tudo volta ao “normal”.
Foco em identificar reclamações pontuais: A pesquisa de clima precisa ser entendida como uma ferramenta que tenta mensurar a percepção geral sobre a empresa e não se as pessoas gostam disso ou daquilo. Se seu objetivo é esse, use um canal de escuta.
Algumas empresas não querem ouvir a verdade: Em alguns casos, as empresas realmente se incomodam ou até mesmo agem com base nas respostas da pesquisa de clima, mas com uma abordagem coercitiva, com repreensões ou restrições, para tentar evitar que as questões sejam levantadas novamente.
Para fazer a diferença na sua pesquisa experimente:
1. Olhar para os dados: Uma coisa que costumamos esquecer é que as pessoas geram dados o tempo todo, e isso não é diferente para o RH. Entenda quais dados são coletados hoje e como eles podem explicar o grau de engajamento e satisfação das pessoas.
3. Não tornar a pesquisa obrigatória: O ideal é que ninguém seja forçado a responder à pesquisa de clima. E vale lembrar que a falta de engajamento nas comunicações oficiais da empresa já pode ser considerada um indício de problemas no clima.
2. Fazer pesquisas menores: Se você já tem um certo direcionamento dos desafios para sua área, você pode diminuir o número de questões. Recomendamos no máximo 15 questões, número que varia de acordo com cada contexto.
4. Testar novas abordagens de perguntas: A escala Likert é interessante, mas estamos falando de novas abordagens. A análise de sentimentos, por exemplo, utiliza técnicas de PNL para analisar o feedback textual dos colaboradores e capturar nuances e emoções nas respostas abertas.
Veja alguns momentos do evento!
Sonia: A copilota do RH
Um momento de destaque do evento foi o lançamento da Sonia. Com o objetivo de facilitar a rotina de profissionais de RH, ela coleta, analisa e organiza dados sobre o clima organizacional, engajamento e padrões comportamentais na empresa enquanto responde às dúvidas frequentes dos colaboradores.
A Sonia é uma assistente de IA que vai além das respostas, ela auxilia a equipe a navegar com equilíbrio no ambiente profissional com sua expertise em produtividade, gestão de tempo e saúde mental.
Como a Sonia ajuda ao RH?
Respostas automatizadas para ganhar eficiência.
A Sonia conversa com pessoas colaboradoras para responder perguntas frequentes e atender solicitações, liberando profissionais de RH para se concentrarem em outras iniciativas.
Análise de informações para direcionar estratégia.
A Sonia coleta dados das interações com os colaboradores e fornece insights para identificar pontos de atenção relacionados a turnover, gestão e produtividade.
Apoio para desenvolvimento profissional.
A partir do conteúdo desenvolvido por especialistas em ética, inclusão e diversidade da SafeSpace, a expertise da Sonia é preparada para dar dicas sobre carreira, gestão de tempo, saúde mental e produtividade.
De forma ágil e inteligente, a Sonia ajuda os profissionais de RH a identificar e resolver problemas de gestão e cultura antes que se tornem crises, direcionando esforços para ações estratégicas de desenvolvimento de lideranças, retenção de talentos e melhoria contínua da experiência dos colaboradores.
Você pode conhecer mais sobre a Sonia aqui.
IA como aliada do RH
O último bloco do workshop contou com a Isadora Monteiro, gerente de produtos na SafeSpace, que falou sobre as formas de aplicar a IA aliada à pesquisa de clima.
Aplicar novas abordagens pode parecer um processo caro e complicado, mas com o avanço da IA, isso tudo se tornou simples e rápido.
Na pesquisa de clima, a IA pode ajudar de diversas maneiras:
No Design da Pesquisa:
Se você quer utilizar dados de diferentes fontes e ferramentas para enriquecer sua pesquisa, a IA pode analisar esses dados, inclusive dados de pesquisas anteriores, e gerar perguntas personalizadas e segmentadas para diferentes grupos de funcionários. Isso aumenta a relevância da pesquisa para cada colaborador.
De forma simples, a IA te auxilia dando sugestões de melhoria e otimização das perguntas. Dessa forma, você evita perguntas repetitivas, tendenciosas ou desnecessárias para resolver os problemas propostos.
Veja o que a Isadora Monteiro, gerente de produtos na SafeSpace, falou sobre a Sonia:
Na aplicação da pesquisa:
As pesquisas podem ser realizadas por chatbots em um modelo conversacional. A IA interage com os colaboradores, responde a perguntas sobre a pesquisa e auxilia no processo de preenchimento, tornando a experiência mais intuitiva e interativa.
Com foco na efetividade da pesquisa, a IA pode acompanhar o progresso da pesquisa em tempo real, identificar gargalos e ajudar na estratégia de comunicação. Se as pessoas estão deixando de preencher o formulário em determinada questão, a IA pode sugerir a reformulação ou exclusão dessa questão para aumentar a aderência à pesquisa.
Análise dos dados:
A PNL e a análise de sentimentos melhoram muito a percepção sobre os resultados da pesquisa. Com IA, você não precisa saber programação, ela já te entrega os insights mais profundos sobre as emoções dos colaboradores.
Essa tecnologia consegue fazer análises preditivas e indicar tendências futuras, como risco de turnover, e auxiliar na tomada de decisão. Além de gerar todos os insights automaticamente e os organiza em um dashboard ou relatório personalizado. Assim, você não precisa perder tempo com PowerPoint ou tentando entender o que aquele conjunto de gráficos está dizendo, a IA torna tudo mais intuitivo e prático.
Quer entender como tornar o ambiente de trabalho mais saudável e assim aumentar a produtividade e o engajamento das pessoas colaboradoras da sua empresa? Acompanhe as nossas redes sociais e confira os nossos conteúdos!
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