Sintomas de Burnout! Posso considerar como acidente de trabalho?

O Burnout, também conhecido como Síndrome de Esgotamento Profissional, é uma realidade cada vez mais presente no mundo do trabalho. Em 2023, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) estimou que 30% dos trabalhadores brasileiros sofreram com essa síndrome, que foi recentemente reconhecida como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como citado, Burnout já é reconhecido como doença ocupacional, ou seja, é uma doença do trabalho. Antes considerada como transtorno psiquiátrico, a síndrome foi oficializada no dia 1º de janeiro de 2022, como "estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso". 


Mas o que é e como Burnout impacta pessoas e empresas?

Burnout é uma síndrome que leva ao esgotamento mental, o que impede a realização de tarefas até mesmo simples e que se aproxima de um quadro de depressão. Você pode ter passado ou conhece alguém que passou por essa situação, afinal, o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados do mundo.

 

Curiosidade!

Em 2022, o INSS concedeu mais de 1 milhão de auxílios-doença por doenças mentais, Burnout sendo responsável por um número significativo desses casos. A síndrome também pode ter consequências graves no âmbito pessoal, como lesões físicas e psicológicas permanentes, incapacidade para o trabalho e perda da qualidade de vida.

 

Percebemos a urgência na prevenção desse problema, mas quem realmente está trabalhando para evitar que a pessoa colaboradora não sofra com essa síndrome?

E você sabia que existe uma data criada para conscientizar sobre os acidentes de trabalho?

O Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho é celebrado no dia 27 de Julho, e tem como objetivo principal reduzir os índices de acidentes, doenças ocupacionais e fatalidades decorrentes desses eventos. Muita coisa mudou desde que a data foi instituída, há mais de 50 anos, mas grande parte das empresas e lideranças ainda não veem o Burnout como “acidente de trabalho”.

Carga de horário excessiva, cobranças exageradas e autoritarismo ainda são vistos como naturais, como parte do dia a dia no trabalho. Você já deve ter ouvido um “é assim mesmo”, não é verdade?

Por mais que práticas abusivas tenham sido naturalizadas, elas devem ser combatidas. Se você é ou conhece uma liderança que acredita que para ter resultado é preciso autoridade e intimidar as pessoas, gostaríamos de te apresentar alguns dados:

🔎 Um estudo da Harvard Business School (EUA) demonstrou que empresas com um clima organizacional positivo têm uma taxa de turnover 50% menor;

🔎 A Cone Communications identificou que 75% dos consumidores preferem comprar de empresas que se preocupam com a saúde mental de seus colaboradores.

🔎 A PwC constatou que empresas com programas de saúde mental apresentam uma redução de 20% no absenteísmo (falta de assiduidade ou compromisso) por doenças mentais.

🔎 Um estudo da Universidade de Warwick (UK) constatou que pessoas com boa saúde mental são 20% mais produtivas do que aquelas com problemas de saúde mental.

 

Internamente e externamente, a saúde mental das pessoas colaboradoras têm impactos significativos nos resultados das empresas. 

Precisamos desmistificar essa crença de que mais pressão é igual a mais resultado.


E qual é o papel do RH nessa questão?

Algumas ações nós já conhecemos como treinamentos e benefícios, porém o maior recurso para a prevenção de problemas de saúde mental que o RH pode utilizar é a preparação das lideranças.

Um estudo da Universidade de Harvard confirmou que 70% do engajamento de uma equipe vem de um ótimo líder. Porém, apenas 27% dos brasileiros são altamente engajados no trabalho, de acordo com a consultoria Gallup.

A liderança também influencia na retenção da empresa. Uma pesquisa da Michael Page identificou que 8 em cada 10 profissionais pedem demissão por conta de uma gestão inadequada.

Em muitos casos o RH é visto como uma segunda gestão das pessoas colaboradoras, porém o aumento da produtividade e melhoria dos indicadores de clima, está em empoderar e capacitar corretamente essa liderança.

 

Você já percebeu que em muitos casos trocamos um time inteiro até perceber que o problema está na gestão do time? 

 

Isso acontece porque nos acostumamos a ver líderes como pessoas já prontas e que chegaram nesse lugar porque tinham as competências necessárias. Na maioria das vezes, essa não é a realidade. A pesquisa da Michael Page também identificou que, apenas um em cada 10 profissionais têm a capacidade técnica e inteligência emocional para gerir equipes.

Sabemos também que o RH não dispõe dos recursos necessários para conseguir monitorar e capacitar todas as lideranças, mas com o avanço da IA, podemos otimizar muito desse trabalho. Hoje já existem soluções que permitem o monitoramento da saúde mental e clima nas empresas, fornecendo feedbacks constantes sobre o desempenho da liderança e da empresa de um modo geral.

Essas tecnologias contam com pesquisas e chatbots que conversam com as pessoas colaboradoras e conseguem mapear sentimentos e potenciais casos de condutas inadequadas. Essas ferramentas otimizam o trabalho do RH, já que as pesquisas não precisam ser realizadas do modo tradicional, as informações são captadas em tempo real e geram insights valiosos para os times.

Como vimos, burnout e problemas de saúde mental precisam ser vistos com maior criticidade, assim como outras ferramentas de prevenção à acidentes. A saúde mental das pessoas que trabalham em uma empresa pode inclusive influenciar na decisão de potenciais clientes. 

 

A ferramenta mais eficaz para cuidar desse problema é a capacitação e monitoramento da liderança, para isso, o RH pode contar com IA na captação de dados e otimização de tarefas.

 

Quer entender como tornar o ambiente de trabalho mais saudável e assim aumentar a produtividade e o engajamento das pessoas colaboradoras da sua empresa? Acompanhe as nossas redes sociais e confira os nossos conteúdos!


 

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