Por que reduzir vieses inconscientes nas contratações deve ser prioridade
Percepções implícitas e involuntárias sobre outras pessoas são criadas diariamente. Mas criadas por quem? Bem, por todos nós. Um julgamento sobre a maneira de se vestir e até em relação ao gosto musical, é, na maioria das vezes, um esforço involuntário onde construímos críticas sobre coisas que não gostamos ou são novas.
Essas críticas e pré-julgamentos chamamos de vieses inconscientes, que são preconceitos construídos de forma involuntária em nossas mentes, durantes anos, e que exige um esforço ativo para nos livrarmos deles.
Por que vieses inconscientes existem?
Indiferente do contexto em que crescemos, encontramos inúmeros preconceitos intrínsecos na sociedade. Esses preconceitos ajudam a criar ideias e pensamentos completamente errados sobre um grupo de pessoas. É importante entender que, ao serem inocentes, muitas vezes são imperceptíveis, mas ainda são extremamente nocivos.
Um homem, quando é objetivo e determinado, é lido como forte e seguro. Uma mulher, com as mesmas características, é vista como nervosa e agressiva. Um homem negro correndo na rua é, por diversas vezes, visto automaticamente como um suspeito. Por outro lado, um homem branco correndo não carrega o mesmo preconceito inconsciente. Uma pessoa LGTBQIA+ muitas vezes não é vista com a mesma seriedade que as outras pessoas no mesmo círculo social.
Esses vieses estão por toda a parte, em níveis diferentes, em todas as pessoas. Isso implica que, quando um RH está contratando, esses mesmos vieses tomam parte decisiva no processo de escolha (e, claro, de forma involuntária e inconsciente).
Também implica que, por conta dos preconceitos invisíveis, a contratação será menos diversa e prejudicará diretamente inúmeros participantes do processo. Dessa forma, é imprescindível que o RH trabalhe ativamente na redução desses vieses para uma contratação mais igualitária e justa.
Reduzir vieses inconscientes é a única saída
Nos últimos anos, diversas bandeiras ganharam mais força na luta pela igualdade. As movimentações fizeram com que a discussão sobre preconceitos enraizados ganhassem um novo capítulo, agora mais incisivo e com mais pressa — como deve ser.
E essa é uma luta de todos que compõem a sociedade. Da visão individual que temos que deve ser trabalhada, mas também, e principalmente, das pontas da sociedade que podem fazer uma mudança significativa e real. Uma delas são as empresas.
Na geração de emprego, na movimentação da economia e com a influência nas comunidades locais onde estão inseridas, as empresas são uma peça importante na luta contra os vieses inconscientes. Afinal, elas refletem o que acontece na sociedade contemporânea e também carregam preconceitos enraizados.
Portanto, reduzir vieses inconscientes na contratação é a única saída para uma empresa mais diversa e que atua ativamente na redução da desigualdade e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A forma mais eficiente de reduzir os preconceitos inconscientes na contratação
Empresas diversas têm performance melhor e possuem um ambiente de trabalho mais efetivo, é o que mostra a pesquisa da McKinsey, Delivering Through Diversity. Essa mesma pesquisa apontou que empresas com maior diversidade de gênero são, também, mais rentáveis.
Os benefícios da diversidade nas empresas são inúmeros — podemos separar um artigo para falar apenas deles. Mas para alcançar um bom nível de diversidade é preciso, antes, entender que o recrutamento da forma que é feito atualmente pode ser o problema.
Dessa maneira, existem formas mais eficazes de recrutar sem que o vieses inconscientes prejudiquem o processo de seleção. A principal delas é a utilização de Inteligência Artificial que luta ativamente contra os preconceitos implícitos que um recrutador geralmente possui.
É o que fazemos na Gupy. A nossa Inteligência Artificial foi construída para reduzir ao máximo os preconceitos existentes no processo, ajudando assim que os RHs recrutem de forma mais justa, igualitária e honesta. Utilizando apenas de fatores objetivos, a IA consegue mostrar para você os candidatos que possuem o melhor “encaixe” para a vaga, desconsiderando completamente qualquer viés inconsciente.
Mas existem outras formas de recrutar reduzindo os vieses, como fazer entrevistas às cegas, onde o recrutador não sabe o gênero, avaliando apenas competências técnicas, habilidades funcionais e os resultados do teste de perfil. Assim, ao menos na primeira etapa de seleção, é feita com base em informações objetivas e que não possuem espaço para pré-julgamentos.
Sobre o autor: Valmir Alves é Especialista em Conteúdo na Gupy, empresa de tecnologia especializada em softwares de Recrutamento e Seleção e Admissão Digital.
