5 argumentos para convencer o board a ivestir em ética e compliance

Porta aberta com uma cadeira no meio

Ética e conformidade assumiram o protagonismo entre os objetivos estratégicos para garantir a sustentabilidade dos negócios. 

O cenário corporativo vem sendo impactado por mudanças significativas. Entre elas, uma verdadeira revolução de valores está em curso. No centro, a crescente preocupação com ética e compliance tem norteado as empresas.

Esta crescente preocupação com esses dois pontos tem provocado uma mudança de postura dentro das organizações, que passam a olhar com mais atenção questões como responsabilidade social e ambiente. Os impactos dessa virada estão atrelados diretamente aos resultados financeiros das companhias. 

Eles atingem indicadores como a capacidade de atração e retenção de talentos, a reputação da empresa e sua imagem perante a sociedade e o mercado, assim como sua capacidade de atrair investimentos, clientes e outros stakeholders. Quem não olha para isso, fica para trás.

Conceitos antes tidos como filosóficos demais, sem o pragmatismo necessário ao dia a dia dos negócios, passaram a ocupar um espaço central na cultura organizacional. Com isso, ética e conformidade assumem o protagonismo entre os objetivos estratégicos para garantir a sustentabilidade dos negócios. 

Os pontos positivos provenientes de uma cultura administrativa baseada na ética são muitos: redução de riscos financeiros e legais, maior grau de satisfação de stakeholders, garantia de segurança no ambiente de trabalho, atração e retenção de talentos, equipes de alta performance, prevenção de má conduta, reforço de marca e reputação, entre outros.

Neste artigo, elencamos 5 argumentos para convencer o board na hora de investir em ética e compliance. Confira:


 

1. Prevenção de prejuízos financeiros

Organizações precisam ser financeiramente sustentáveis e isso envolve a capacidade de gerar lucro e captar investimentos. Evitar prejuízos e problemas fiscais ou tributários é elemento central dessa estratégia. 

Um estudo do Ponemon Institute, demonstrou que a falta de uma cultura de Compliance em empresas custa 2,65 vezes mais do que investimentos na área. Esses custos incluem problemas com fraudes e corrupção, multas por infringir leis, processos trabalhistas, entre outros.

Desenvolver uma cultura de conformidade também significa prevenção de riscos financeiros. Se a ética é um ativo dentro da organização, a tendência é que os profissionais desde a alta liderança até analistas prezam pelo bem comum.

Por isso, investir em programas de compliance, treinamentos de equipe, auditorias, estrutura para canais de denúncia pode contribuir para a redução de despesas que, somente nos Estados Unidos, chegam a quase US$15 milhões de dólares por ano. 

Inúmeras empresas já enfrentaram problemas sérios causados por desvios éticos. Entre os casos mais recentes, podemos citar a desenvolvedora de games Activision Blizzard que recebeu uma multa milionária por ignorar denúncias de assédio sexual e discriminação. 

Outro caso recente, o da Americanas, acendeu diversas discussões sobre ética, transparência e governança corporativa. Especialistas defendem que a atenção a esses pontos poderia ter evitado que o rombo financeiro da empresa se agravasse. 

Estes são alguns exemplos que demonstram como uma cultura ética, reforçada por boas práticas de Compliance, sobretudo no que diz respeito à transparência, poderia ter evitado prejuízos em grandes companhias.

Leia também: ROI de compliance: por que investir e como calcular o retorno?

2. Mais segurança para pessoas colaboradoras no ambiente de trabalho

Problemas de conduta são comuns e podem acontecer em qualquer organização. Por isso, é essencial contar com uma estrutura que seja capaz de mitigar riscos. Reforçar a importância da ética na cultura da empresa é um esforço constante, que se relaciona com os valores praticados no cotidiano.

Entre as ferramentas disponíveis para que o Compliance possa garantir um ambiente mais ético e seguro estão o código de ética e conduta e o canal de denúncias, que têm impacto direto no dia a dia das pessoas colaboradoras. Enquanto a primeira dá clareza sobre o que é permitido ou não, a segunda abre espaço para que problemas sejam relatados, ganhem visibilidade e tenham alguma resolução.

É comum a postura de empresas que preferem esconder seu canal de denúncias. No entanto, quanto mais eficiente for a ferramenta, mais transformadora ela será. Seu uso deve ser incentivado, pois é assim que se ganha visibilidade da má conduta, que compreende casos de assédio, racismo, suborno, corrupção ou fraude.

Além disso, é fundamental que haja compromisso com a apuração dos relatos e sua resolução. Os dados gerados nesse processo oferecem insumos para análise, o que pode ser utilizado na identificação e prevenção de situações problemáticas. Tudo isso garante um ambiente mais seguro, o que favorece a produtividade e a lucratividade da organização.

Quer ter times mais engajados, performando melhor e com mais qualidade de vida – dentro e fora do trabalho, invista em ética.

3. Fortalecimento da reputação e imagem da marca

“Leva-se 20 anos para construir uma reputação e cinco minutos para arruiná-la”. A frase de Warren Buffett pode ter se tornado um clichê, mas não deixa de ser verdadeira. Seu impacto no contexto corporativo está atrelado ao que é entendido como capital reputacional. O termo define o valor simbólico da imagem da marca a partir de seus princípios, entregas, resultados e relacionamentos ao longo do tempo.

Uma empresa com forte compromisso ético tem menos riscos reputacionais, o que é valorizado não apenas pelos clientes internos, mas também pelo mercado. A reputação de uma organização corresponde, em média, a 35,3% do seu valor de mercado. No setor de tecnologia, a fatia é ainda maior: 43%. 

Portanto, cuidar da imagem da marca tem impacto financeiro direto. Isso pode ser constatado de forma empírica: diante de qualquer escândalo, os preços das ações de uma companhia tendem a cair vertiginosamente. 

Grandes companhias como Zara, Amazon e Apple são exemplos da necessidade de mecanismos de controle que deem visibilidade a problemas antes de escalem. Em todos os casos, o componente ético foi deixado de lado, permitindo ações que geraram prejuízos financeiros e simbólicos enormes.

Investimentos em ética e compliance têm uma justificativa clara: além de melhorar a relação da organização com sociedade, com as pessoas colaboradoras, também representam retorno e sustentabilidade financeira. 

Além disso, há outro aspecto que complica ainda mais a situação de empresas com problemas de situação: o trabalho para recuperar a imagem de uma marca abalada por problemas de conduta costuma ser custoso e muito trabalhoso, sem que haja garantia de sucesso.

Uma empresa com forte compromisso ético tem menos riscos reputacionais, o que é valorizado não apenas pelos clientes internos, mas também pelo mercado.

4. Atração de profissionais e redução de turnover

Como apontamos no início do artigo, existe uma revolução de valores em curso. As novas gerações de profissionais têm maior preocupação com questões éticas e impacto social do que com ganhos financeiros.

Isso significa que para atrair talentos e retê-los, é necessário oferecer um ambiente saudável, preocupado com questões que vão além da atividade laboral. Em razão disso, o investimento em ética é estratégico para atração e retenção de talentos.

Por um lado, a disputa por profissionais é crescente entre as empresas. Por outro, a redução da taxa de rotatividade das pessoas colaboradoras é uma meta importante para a grande maioria dos setores de RH. Ambos os pontos têm impactos financeiros diretos e desenvolver uma cultura de ética e conformidade pode ser uma solução. 

Nesse aspecto, cabe ressaltar que deve haver um compromisso entre as lideranças para que se efetive esse objetivo. Se a alta gerência da empresa não transmitir os valores que deseja estimular, sempre haverá descompasso entre o que é prometido e o que é oferecido.

Taxas de turnover e absenteísmo altas podem indicar o descontentamento de profissionais com diversos fatores, entre eles, os dilemas enfrentados no dia a dia da companhia, assim como a toxicidade das relações. Diagnosticar e reverter problemas nesse sentido pode significar menos prejuízos com a rotatividade de profissionais.

5. Conformidade legal

Existem dispositivos legais que foram desenvolvidos para garantir que as empresas tenham uma postura ética. Entre eles, um dos principais é a Lei Anticorrupção, de nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que trata da responsabilidade civil e administrativa de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. 

No entanto, há outras leis que regem o ambiente profissional, desde a Consolidação das Leis do Trabalho ao Código Penal. É nelas que se encontram tipificações como a dos crimes de assédio moral ou sexual, bullying, entre outros. 

A conformidade com as normas, assim como a capacidade de identificar e lidar com problemas relacionados às leis brasileiras, dialoga diretamente com a ética no trabalho. É inevitável que empresas se adequem aos códigos vigentes, seja para garantir ambientes mais saudáveis ou para evitar problemas.

Ainda que a empresa não tenha investimentos robustos em compliance, não se pode negligenciar a preocupação com a ética, sob o risco de incorrer em problemas legais que podem gerar riscos reputacionais e financeiros. 

Existem leis como a 14.457/2022 ou mesmo a Lei Anticorrupção que obrigam empresas de determinados segmentos ou com determinadas características a terem ferramentas como o canal de denúncias. Mas, mesmo em empresas que não têm essa obrigação, uma solução do tipo fornece proteção contra os problemas listados anteriormente.

SafeSpace: investir em ética para resolver desvios de conduta

Com uma solução de une tecnologia e usabilidade, a SafeSpace desenvolveu um canal de denúncias para empresas que querem construir ambientes de trabalho mais éticos, seguros e inclusivos. Na prática, isso significa que a plataforma foi pensada para dar mais segurança a quem relata, agilizar o processo de resolução dos relatos e gerar dados que favoreçam a prevenção de problemas.

Os resultados que atingimos demonstram as vantagens de ter a SafeSpace em sua empresa: o engajamento com a plataforma chega a ser sete vezes maior que com a concorrência, a média de preenchimento do questionário de relato é de 95% e o tempo de resolução em empresas que usam nossa solução é 40% menor. Ao utilizar nossa solução, você passa a contar com o apoio de uma empresa que se importa com ética e com as pessoas.

 
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